Movimentos sociais exigem aumento do salário mínimo em Brasília

São Paulo (AE) – As cinco principais centrais sindicais existentes no Brasil – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS) e Central Autônoma de Trabalhadores (CAT) – farão manifestações em Brasília, entre 28 e 30 de novembro, para exigir aumento real do salário mínimo e correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

"As centrais decidirão, nos próximos dias, como será a mobilização, mas podemos adiantar que montaremos acampamento na Esplanada dos Ministérios e exigiremos reuniões com o presidente Lula, com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e com os presidentes da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PcdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)", antecipou à Agência Estado o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

Os sindicalistas acertaram hoje (10) que o pedido de correção da tabela do IRPF deverá ficar em cerca de 13%, justificados, segundo eles, pela diferença de 7% entre o reajuste da tabela promovido pelo governo no ano passado e a inflação acumulada nos dois primeiros anos de administração Lula e outros 5%, projetados para a inflação total deste ano.

O índice a ser pleiteado para o mínimo ainda vai ser calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos (Dieese), mas certamente será superior aos R$ 321 previstos no Orçamento do próximo ano. "Buscaremos um reajuste capaz de trazer algum ganho real de salário (acima da inflação) e não comprometer as contas da Previdência Social", explicou Paulinho.

O líder sindical adiantou que a mobilização dos trabalhadores, a ser deflagrada no início de novembro, deverá envolver a realização de manifestações públicas, como passeatas e carreatas, em várias capitais, com um grande ato final em Brasília, nos dias 29 ou 30 de novembro.

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