Movimentos Sociais divulgam calendário de protestos para 2006

Enquanto permanecem as divergências sobre a adoção de um plano de ação pelo Fórum Social Mundial (veja matéria sobre o tema), a Assembléia Mundial dos Movimentos Sociais realiza hoje sua reunião de encerramento com a divulgação das principais campanhas, mobilizações e ações de protesto em todo o mundo ao longo de 2006.

Leo Gabriel, da coordenação do Fórum Social Europeu., considera 2006 um ano "chave" para o debate sobre a militarização promovida pelos Estados Unidos. "Vai-se mostrar a contradição entre o governo de George W. Bush e todos os setores democráticos do mundo, independentemente de serem de esquerda, ou social-democratas, ou democratas cristãos", diz Gabriel. Em marco, são esperados dois conjuntos de protestos contra a guerra no Iraque. Em 18 de marco, espera-se uma manifestação mundial.

Além disso, movimentos feministas como o Women Say No to War (Mulheres Dizem Não à Guerra) esperam que o Dia Internacional da Mulher, 8 de marco, enseje ações como a entrega de petições coletivas pelo fim da guerra, em frente às embaixadas e consulados norte-americanos em todo o mundo.

A reunião dos movimentos sociais integra o conjunto de atividades da etapa americana do fórum. Entre as principais mobilizações do ano estão campanhas e protestos contra a atuação de instituições multilaterais como a Organização Mundial do Comércio, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial. Os movimentos consideram essas instituições pilares da sustentação do sistema mundial que mantém as assimetrias entre países ricos e pobres.

Para setembro, mês em que devem ocorrer as reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI, os movimentos estão convocando uma Jornada Mundial de Ação Direta. Os movimentos também aguardam a definição do calendário de reuniões da OMC para marcar os protestos contra a entidade.

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