Hoje (14), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participa de manifestações pelo Dia Mundial de Ação Contra as Represas e pelos Rios, a Água e a Vida. De acordo com o MAB, o dia de lutas foi instituído em 1997, quando foi realizado em Curitiba (Paraná) o 1º Encontro Internacional dos Atingidos. A data é conhecida também como Dia Mundial contra Barragens.
O professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) e doutor em Planejamento Energético, Artur Moret, diz que "é uma data de luta, de mobilização". Ele, que é um dos organizadores da Campanha de protesto contra o projeto de construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira, acrescenta: "A escolha do dia foi feliz, porque é uma época em que os rios da Amazônia estão bem cheios".
Segundo estimativa do Movimento Internacional Contra Barragens, em 1997 havia 800 mil barragens em todo o planeta, construídas para gerar energia, irrigar plantações ou ser local de recreação, principalmente. Elas desalojaram aproximadamente 80 milhões de pessoas. No Brasil, nos últimos 30 anos, o MAB calcula que um milhão de pessoas tiveram suas terras alagadas por barragens.
O 2º Encontro Nacional dos Atingidos por Barragens acontece em Curitiba, até o dia 17 de março.