Ministros engordam salários por participar de conselhos

Chamados de ?heróis? pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva por receberem salários de R$ 8.362,80, boa parte dos ministros recorre a um artifício para engordar seus vencimentos: ganham um extra por participar de conselhos fiscais ou de administração de estatais. O trabalho é módico e a remuneração mensal corresponde a até 10% do que ganham em média os diretores da empresa.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff mais que dobra seus ganhos ao participar dos conselhos da Petrobrás e da BR Distribuidora. Ao salário de R$ 8.362,80 se somam R$ 4.362,67 do jetom do conselho da Petrobrás e mais R$ 4.354,22 do jetom do conselho da BR Distribuidora. O total chega a R$ 17.079,69. Além de participar do conselho da Petrobrás, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, integra o colegiado da Itaipu Binacional que não tem as limitações das estatais e paga jetom de R$ 12.179. Tudo somado, ele recebe R$ 24.905,47.

A prática é comum no governo. Os titulares da Fazenda, Guido Mantega, de Cidades, Márcio Fortes, do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência, Luiz Marinho, também ganham extras de conselhos de estatais. ?Pela legislação, os ministros só podem receber remuneração por participar em dois conselhos?, explica o líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP). Há um ano e meio, ele fez uma consulta ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a legalidade da participação remunerada de ministros em conselhos fiscais e de administração. Em sessão no dia 21 de março de 2006, o TCU decidiu que não há nada de errado no pagamento do jetom aos ministros.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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