Ministro Thomaz Bastos volta a defender voto no “Sim”, como cidadão

Brasília (AE) – Às vésperas do referendo sobre a proibição da comercialização de armas e munições no País, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, voltou a defender o voto no Sim, contra o comércio de armas. Durante o III Encontro Nacional de Dirigentes de Recursos Humanos, organizado pelo Ministério do Planejamento, ele manifestou confiança na vitória dos favoráveis à proibição.

"Vou votar sim, e peço a todos os cidadãos que queriam construir uma cultura da paz que votem Sim", recomendou o ministro, reiterando várias vezes que falava como cidadão, não como ministro da Justiça. "O Sim vai ganhar porque tem uma mensagem melhor", acrescentou.

Compra

Thomaz Bastos informou que o Ministério da Justiça vai regulamentar, 15 dias após o referendo, a compra de armas e munições para aquele que terão autorização para portar armas.

Ele disse que a vitória do Sim vai diminuir a violência no Brasil e ajudar a construir uma cultura de paz que permita um país seguro. Afirmou que o referendo é muito importante para o País porque representa o uso de um dos três mecanismos de democracia direta. Os outros são o plebiscito e a lei de iniciativa popular.

Bastos lembrou que participou da construção do Estatuto do Desarmamento desde o seu início. Lembrou que viajou para todos os Estados brasileiros construindo comitês pelo desarmamento. Observou que a campanha do desarmamento teve um efeito positivo na diminuição dos crimes de morte. "Três, quatro mil vidas foram salvas pela campanha do desarmamento." Ele citou casos como os do menino de São Paulo morto por uma arma no banco de escola, brigas de torcidas exacerbadas por paixões futebolísticas, brigas de trânsito ou em família, entre marido e mulher.

O ministro reclamou da campanha do Não que, em um de seus programas, usou "mutilada" uma declaração dele. A declaração, segundo o ministro, foi que o objetivo da campanha do desarmamento não era tirar a arma dos bandidos. "O que eu disse e continuo dizendo é que arma de bandido quem tem que tirar é a Polícia, a Polícia Federal".

A assessoria de imprensa de Bastos disse que ele pode falar como cidadão sobre o referendo e que a Justiça já lhe deu ganho de causa em outras ocasiões relativas a esse assunto.

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