Ministro diz que Brasil não deve usar “diplomacia das canhoneiras” com Bolívia

Rio de Janeiro – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta terça-feira (14) que o Brasil não deve adotar uma ?diplomacia das canhoneiras? com a Bolívia para resolver possíveis impasses gerados pela nacionalização das reservas de petróleo e gás – medida anunciada em maio pelo presidente Evo Morales.

Amorim diz que o governo brasileiro não deve usar de força para coagir o vizinho, um país pobre que merece atenção especial. O Brasil, diz o ministro, deve dialogar com a Bolívia para garantir os interesses nacionais. Nesse sentido, ele lembrou que a questão da produção e fornecimento de gás natural já foi resolvida.

Agora, acrescentou, é preciso negociar para resolver impasses do reajuste no preço do gás comprado pelo Brasil e da nacionalização das refinarias, uma vez que a Petrobras tem unidades de refino naquele país.

"Temos que tratar com atenção especial, defendendo nossos interesses, como fizemos. Sobretudo o interesse do suprimento, mas também o interesse do que é razoável para a Petrobras. Isso foi feito", disse. "Ao mesmo tempo, temos de levar em conta que estamos tratando com um país pobre, que tem até uma psicologia de ter sido espoliado sempre e que está passando por um processo de transformação social complexo?.

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