Ministro da Justiça nega que Operação Navalha tenha motivação política

Rio de Janeiro – O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou nesta sexta-feira (18) que a Operação Navalha, da Polícia Federal, tenha sido motivada por interesses políticos. Segundo Tarso Genro, a hipótese de que a operação teria sido um movimento do governo federal de ?revide ou desestabilização? das forças oposicionistas que venceram as últimas eleições no Maranhão, foi ventilada pelo governador do estado, Jackson Lago, e parlamentares maranhenses, que procuraram o ministro nesta quinta-feira (17), em Brasília.

Ao participar da solenidade de troca do comando da Força de Segurança Nacional, o ministro informou que recebeu os políticos em seu gabinete, na presença do diretor da Polícia Federal, delegado Paulo Lacerda. ?Demonstramos que aquilo que estava ocorrendo no Maranhão não era nada específico em relação ao estado e sim uma operação desencadeada em 10 estados, que ocorreu a partir de um fato presumidamente delituoso, originado na Bahia?, disse Tarso.

Segundo o ministro, os políticos saíram satisfeitos com a explicação.            

O ministro da Justiça informou que os desdobramentos da Operação Navalha junto ao poder Judiciário vão prosseguir, sem dificuldades.  ?A nossa preocupação é exclusivamente com o cumprimento da legalidade processual e técnica do inquérito. Nós vamos ter as denúncias e vamos ver as pessoas exercerem seu direito de defesa. Não há nenhuma dificuldade. As instituições estão funcionando com a maior lisura e tranqüilidade. Vamos ter a seqüência normal do processo no nível do poder Judiciário?, ressaltou o ministro.

A Operação Navalha foi deflagrada ontem (17) pela Polícia Federal para desmontar um esquema de desvio de recursos públicos para realização de obras em nove estados e no Distrito Federal. As investigações apontaram o envolvimento  de políticos, servidores públicos, empresários e lobistas acusados de fraudar licitações para beneficiar a empreiteira baiana Gautama. Mais de 40 pessoas foram presas, entre elas o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares e o assessor do Ministério das Minas e Energia Ivo Almeida Costa.

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