O Ministério da Educação analisa aumentar o prazo para a amortização do pagamento do Financiamento do Ensino Superior (Fies) e o valor da mensalidade que o financiamento poderá cobrir. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o prazo no Brasil ainda é muito curto, bastante inferior aos sistemas de financiamento que existem em outros países.
Durante o curso, o estudante paga, além da metade da mensalidade que lhe cabe – o Fies só financia 50% – outros R$ 50 a cada três meses, que são abatidos do saldo devedor. No primeiro ano depois da formatura, ele começa a pagar para o governo os 50% da mensalidade, mesmo valor que antes de se formar. Depois disso, tem prazo igual a uma vez e meia o período do curso para pagar todo o empréstimo.
Recentemente, o governo reduziu os juros do empréstimo de 9% para 6,5% e, nos casos dos cursos de formação de professores e tecnológicos, para 3,5%. Foi a primeira medida para facilitar o pagamento. "O juro já caiu a patamares internacionais, mas o prazo de amortização ainda é pequeno no Brasil, o que exige da parte do estudante um perfil de fiador que nem sempre está disponível", disse Haddad.
A possibilidade de financiar mais da metade das mensalidades também está sendo estudada, mas primeiro o governo quer ver se é possível aumentar o prazo de pagamento. "Se for possível alongar o prazo de amortização, talvez seja possível também voltar a financiar mais de 50% das mensalidades para alunos de uma determinada faixa de renda", explicou.