Ministério das Cidades promove Semana da Mobilidade Urbana

Brasília – Transporte urbano, engarrafamentos, espaço para pedestres e ciclistas nas ruas, obstáculos que impedem o deslocamento de pessoas idosas e com deficiências são temas relacionados à mobilidade urbana discutidos desta segunda-feira (11) a sexta-feira (15) na Semana da Mobilidade Urbana, no Ministério das Cidades, em Brasília.

Para resolver esses problemas e criar um novo modelo de desenvolvimento que resulte em cidades sustentáveis é preciso reverter o atual modelo de mobilidade, de acordo com o diretor de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Renato Boareto. O modelo atual, segundo ele, se baseia em uma premissa de que um dia todas as pessoas vão ter a condição de ter um automóvel.

?As cidades são pensadas, construídas e viabilizadas para esse modelo que não é sustentável economicamente porque nem todos podem ter um carro, socialmente porque há apropriação do espaço público que exclui as pessoas de menor renda e ambientalmente com o consumo de combustível e o aumento dos impactos ambientais?, explicou.

Para reverter esse modelo, o especialista defende que é preciso descentralizar e aproximar dos moradores os serviços, as oportunidades de trabalho e o lazer. ?Com essas mudanças substitui-se as viagens longas por pequenos deslocamentos que podem ser feitos a pé ou de bicicleta. É preciso também viabilizar a inclusão dos pedestres e ciclistas e melhorar o transporte público?, disse Boareto. 

Quanto à mobilidade urbana no que diz respeito à garantia de as pessoas com deficiências se deslocarem sem enfrentar barreiras, Renato Boareto acredita que houve avanços nos últimos anos. Os trabalhos agora, segundo ele, se direcionam no estímulo para que todas as novas edificações sejam construídas dentro do conceito de desenho universal e acessibilidade. ?Você tem que eliminar as barreiras existentes e esse processo exige um processo mais demorado, que exige recursos. Não construir barreiras novas depende de informação?, disse Boareto.

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