Ministério da Agricultura investiga possível novo caso de aftosa no MS

Na reta final dos trabalhos sanitários exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para controlar a doença, o fantasma da aftosa ameaça voltar a assombrar o Mato Grosso do Sul. O Ministério da Agricultura investiga a possibilidade de a doença ter reaparecido no município de Japorã, no extremo sul do Estado. Há suspeita de aftosa em duas propriedades do município. Mas a primeira análise sorológica, feita em 134 animais suspeitos teve resultado negativo, informou o superintendente do ministério no Estado, José Antonio Felício.

Segundo ele, o resultado é oficial e veio das autoridades competentes de Brasília. Mas ele salientou que este resultado não é definitivo e que novos exames poderão ser pedidos. "Estamos esperando orientação de Brasília", informou. Não está claro se os animais que podem estar doentes estão na área que foi infectada no ano passado ou não. De acordo com a superintendência, a suspeita surgiu durante coleta de rotina de animais da região onde se concentraram os focos registrados em outubro de 2005, nos municípios de Mundo Novo, Japorã, Eldorado, Iguatemi e Itaquiraí. Felício explicou que os técnicos visitaram as duas propriedades e notaram sintomas de alguma doença vesicular, por isso o material foi enviado rapidamente para análise na unidade de Pernambuco do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) na quinta-feira da semana passada (13) e o resultado informado na segunda-feira (17). O Ministério da Agricultura não se pronunciou sobre o assunto.

O Mato Grosso do Sul teve 33 casos de aftosa no ano passado. Por causa do problema sanitário, 56 países fecharam, de forma integral ou parcial, suas portas para a carne bovina brasileira. Do total, cerca de 20 casos foram descobertos em Japorã, lembraram fontes da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Outros sete casos da doença foram diagnosticados no Paraná. Depois do diagnóstico positivo, o rebanho do sul do Mato Grosso do Sul está na fase chamada de "sentinela", em que bezerros não vacinados são distribuídos nas propriedades para que seja constatado se a área está livre da doença. Este é o quarto estágio determinado pela OIE para controle e erradicação dos focos de aftosa. A quinta e última etapa é o repovoamento gradativo da área. Os estágio anteriores são: abate ou sacrifício dos rebanhos, desinfecção da área e vazio sanitário (sem entrada de lotes).

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