Mínimo a R$ 384 vai causar “quebradeira geral”, prevê presidente do Dieese

O presidente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) Carlos Andreu Ortiz, acha arriscada a elevação do salário mínimo para R$ 384,29, como foi determinado pelo plenário do Senado em votação realizada nesta quarta-feira.

Segundo Ortiz, que participou de evento comemorativo do 50º aniversário do Dieese, a decisão dos senadores deve desembocar numa "quebradeira geral", principalmente das pequenas prefeituras. "Como essas prefeituras, com o orçamento já aprovado para o ano que vem, vão conseguir pagar esse salário mínimo?", questionou.

Para o presidente do Dieese, o governo federal deve empregar todas as suas forças na recomposição da base parlamentar para que se evite a aprovação da medida na Câmara. "Se passar, vai ficar muito mal para o governo vetar isso", disse.

Ortiz ressaltou que R$ 300 não é o salário defendido pelo Dieese, mas reconheceu as dificuldades em realizar um aumento significativo do mínimo. "Os R$ 384 seriam um salário justo, apesar de ainda ser menor do que o defendido por nós. Mas se ele for aprovado, teremos sérios problemas na economia ", afirmou Ortiz.

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