Meteorologista alerta para fortes furacões nos EUA

A costa americana do Golfo do México, que em 2006 foi poupada da fúria dos furacões, vai correr um risco maior este ano de ser atingida por furacões potencialmente destrutivos, disse Joe Bastardi, meteorologista-chefe da AccuWeather.com. Ele alertou para as "significativas implicações que isso terá para as áreas que se recuperam da devastação dos furacões de 2004 e 2005 – que inclui o Katrina – assim como para os preços de energia, por ser o Golfo do México uma importante região produtora de petróleo e gás.

Ken Reeves, diretor de operações de previsões da AccuWeather, disse que há uma "grande possibilidade" de fortes furações tocarem terra firme em algumas regiões da Louisiana e da Costa do Golfo no Texas, que foram atingidas em 2005. "Certamente, há o potencial para aterrissagens (de furacões) naquelas áreas", disse. Ele disse que a AccuWeather não irá divulgar suas previsões sobre o número de tempestades esperadas para este ano até início de maio, mas adiantou que não é provável uma repetição do número de tempestades ocorridas em 2005.

Na temporada 2006, foram registradas a ocorrência de 10 tempestades tropicais, cinco furacões e dois grandes furacões, resultado que ficou ligeiramente abaixo da média desde 1950. O ano passado foi a primeira temporada desde 2001 que nenhum furacão atingiu terras continentais dos Estados Unidos. A temporada 2005, por outro lado, foi uma das mais ativas, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, que registrou 28 tempestades tropicais, 15 furacões e sete furacões de categoria 3 ou acima.

Outras previsões anteriores também projetam uma temporada de furacão – que começa em 1 de junho e termina em 30 de novembro – acima da média para este ano. Bastardi, que esperava uma atividade "mínima" no Golfo do México em 2006, disse que "a Costa do Golfo e a Flórida vão enfrentar uma nova ameaça" em 2007, "e que iremos ver tempestades mais poderosas".

"Nós não teremos nada próximo da quantidade de tempestades que tivemos em 2005, mas é a intensidade das tempestades que teremos que será a grande preocupação", acrescentou. "Vamos ver tempestades rondando o Golfo novamente. As fortes tempestades deste ano provavelmente vão provocar o tipo de turbulência que será sentido nas carteiras e nos bolsos", disse.

Em 2005, o furacão Katrina, seguido um mês depois pelo Rita, fechou a produção de gás natural na Costa do Golfo dos EUA e interrompeu a produção de petróleo e a atividade das refinarias na região.

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