Metais e soja favorecem recuo da inflação no atacado

Com os preços dos metais e da soja caindo no atacado, a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho subiu apenas 0,16%, ante elevação de 0,56% em igual prévia em junho. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, esse cenário levou às desacelerações de preços em bens intermediários (de 1,35% para 0 01%) e matérias-primas brutas (de 1,60% para 0,20%) no atacado

"Os preços no atacado tiveram forte desaceleração (de 0,74% para 0,21%) e foram os responsáveis pela taxa menor da segunda prévia do IGP-M", disse. No caso dos metais, Quadros lembrou que os preços nesse segmento registraram vários aumentos sucessivos este ano, devido à forte demanda no mercado externo, mas que agora os preços começam a cair. Como exemplo, o economista citou os metais não-ferrosos, cujos preços saíram de uma alta de 8,68% na segunda prévia do IGP-M de junho para uma deflação de 4,01% na segunda prévia de julho

Um dos destaques é o preço do cobre, que saiu de uma elevação de 30,95% para uma queda de 9,89%, da segunda prévia de junho para igual prévia em julho. Além desse comportamento favorável dos metais, a soja, um dos produtos de maior peso na formação da inflação do atacado, saiu de uma elevação de 5,58% na segunda prévia de junho para uma queda de 0,98% na segunda prévia de julho. Em ocasiões anteriores, Quadros já havia mencionado que não havia motivos, no cenário de mercados interno e externo do produto, para que o preço da soja registrasse esse patamar de elevação

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