Mercado estima que PIB vai crescer no mínimo 4% em 2004

As expectativas do mercado financeiro para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano poderão passar dos 4%, de acordo com um estudo divulgado hoje (1) pelo Banco Central. “As expectativas para o crescimento do PIB em 2004 melhoraram significativamente desde a divulgação do PIB do primeiro trimestre do ano no fim de maio. Então, as expectativas de crescimento estavam um pouco abaixo de 3,4%, mas no momento estão em torno de 4%”, diz o estudo, voltado para investidores internacionais, divulgado em inglês por meio eletrônico.

O estudo admite que a divulgação dos números de crescimento do segundo trimestre, anunciados ontem, ainda não havia influenciado os levantamentos mais recentes. “Este dado (de crescimento de 4%) ainda não incorporou os números oficiais do PIB no segundo trimestre, os quais provavelmente ajudarão a provocar uma revisão para cima das expectativas de PIB”, diz o trabalho.

Os técnicos do BC destacam, ao mesmo tempo, o fato de, pelo terceiro trimestre consecutivo, o PIB anualizado ter registrado um crescimento acima de 6%. Na comparação entre o primeiro semestre deste ano e de 2003, o aumento do PIB teria ficado em 5,7%, segundo o trabalho divulgado pelo BC. No mesmo período, o setor de serviços teria apresentado uma expansão de 2 5% na comparação com o segundo trimestre.

Consumo das famílias – Este crescimento, segundo o estudo, teria sido favorecido pela recuperação das condições de demanda doméstica. A recuperação do emprego e da renda ainda teriam ajudado a empurrar para cima o consumo das famílias, que apresentou expansão de 1,5% no segundo trimestre do ano em relação ao primeiro.

Entre os componentes de demanda, as exportações voltaram a apresentar no segundo trimestre do ano o melhor desempenho, com crescimento de 2,2% em relação ao primeiro trimestre. As importações, por sua vez, tiveram expansão de 1,6% no mesmo período de tempo, enquanto a taxa bruta de formação de capital experimentou um aumento de 1,5%. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a expansão da taxa bruta de formação de capital – que mostra como a indústria está investindo- ficou em 11,7%, segundo os dados do estudo divulgado pelo BC. Neste mesmo período, o aumento das exportações ficou em 16,5%.

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