Mercado começa semana com euforia; Bolsa dispara e risco desaba

O mercado financeiro começou a primeira semana completa do ano em clima de euforia. Na primeira etapa de negócios, o dólar caiu a R$ 2,86, a Bovespa subiu mais de 2%, o risco Brasil desabou para o menor nível desde outubro de 97 e o C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, bateu um novo recorde histórico.

Nas mesas de operações, continuam as avaliações otimistas em relação às perspectivas de crescimento da economia brasileira e dos EUA em 2004. No curto prazo, há expectativas de melhora da nota de risco (“rating”) do Brasil até o final do primeiro trimestre deste ano, de uma nova venda de bônus pelo Tesouro Nacional e pela recompra de C-Bond quanto o papel atingir 100% do seu valor de face.

Nesta segunda-feira, o título valoriza 0,56% e atinge, pela primeira vez na história, a cotação de 99,187% do valor de face. Com isso, o risco Brasil despenca 9,40%, aos 424 pontos, o menor patamar desde 24 de outubro de 1997. No ano passado, o indicador, medido pelo banco americano JP Morgan, acumulou a maior queda percentual de sua história, uma redução de 67,5%. Quanto menor o risco, mais barato fica tomar dinheiro emprestado no exterior –favorecendo as captações de recursos pelas empresas e bancos do país lá fora.

Ibovespa perto de 23 mil pontos
Já o Ibovespa, que reúne as 54 ações mais negociadas do pregão, sobe 2,01%, aos 22.897 pontos, novo recorde nos 36 anos de criação do índice, aproximando-se do patamar inédito de 23 mil pontos. É impulsionada também pela alta em Wall Street, onde o índice Dow Jones sobe 0,62% e a Bolsa eletrônica Nasdaq ganha 1,09%.

Em São Paulo, os destaques positivos são as ações do setor petroquímico — Braskem e Ipiranga Petroquímica. O negativo é a ação da Net, que despenca com rumor sobre a Globopar, sua controladora. (FolhaNews)

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