A candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição é "muito mais ampla" do que o Partido dos Trabalhadores, pela representatividade do Presidente da República, por possuir uma base partidária diversificada e de partidos considerados relevantes, e por ter um modo de governar que dá prioridade às camadas mais pobres da população. A avaliação é do candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, expressa hoje durante encerramento da sabatina do Grupo Estado.
Essa foi a forma usada por Mercadante para justificar as razões que levaram a campanha presidencial de Lula a reduzir a exposição do PT nos programas eleitorais de rádio e televisão.
"É por isso que a campanha dele (Lula) tem esse significado", afirmou, se referindo à ampla base partidária. "O presidente vem a São Paulo e se reúne com prefeitos de todos os partidos e por isso recebe apoio do PSDB, PFL e PMDB. Até os adversários querem se associar com a imagem do presidente, como acontece em Pernambuco, com Mendonça Filho (PFL), e no Ceará, com Lúcio Alcântara (PSDB)", adicionou, citando dois candidatos a governos estaduais de partidos de oposição a Lula.
De acordo com Mercadante, o presidente Lula estabeleceu "um pacto" com a população "do degrau de baixo" da sociedade, algo que não foi compreendido "por parte da elite" e que seria esse comprometimento o fator principal da aprovação do presidente pela opinião pública e a liderança por ele obtida nas pesquisas de intenção de voto.
Os próximos entrevistados serão os candidatos ao governo de São Paulo pelo PMDB, Orestes Quércia, amanhã, às 10h, e pelo PSDB, José Serra, na quinta-feira, também às 10h. Na sexta-feira, será a vez da candidata do P-SOL à Presidência da República, Heloísa Helena, ser sabatinada pelos jornalistas do Grupo Estado, a partir das 14h30.