Mercadante diz que Casseb e Meirelles esclarecerão denúncias

O líder do Governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), disse hoje ter “absoluta segurança” de que os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb, saberão esclarecer qualquer tipo de dúvida quanto a movimentações financeiras realizadas. As revistas Veja e IstoÉ publicam reportagens esta semana denunciando que os dois não declararam à Receita Federal movimentações financeiras no Brasil e no exterior. A revista IstoÉ inclusive aponta nove movimentações financeiras, num total de US$ 593,855 mil, em nome de Casseb, que teriam sido feitas entre 1999 e 2002 sem declaração ao fisco.

Segundo Mercadante, cabe à Receita Federal “se pronunciar de forma definitiva sobre esses episódios”. Acrescentou que “se tiver alguma correção a ser feita – eu acho que não há – eles o farão”. O senador petista acrescentou que, no exercício da função, não há nada que desabone tanto Meirelles quanto Casseb. Mercadante não vê qualquer problema em se convidar Meirelles e Casseb para prestarem esclarecimentos no Congresso sobre as denúncias.

O líder ressaltou que os presidentes do Banco Central e do Banco do Brasil são empresários “de grande êxito na vida privada”. Mercadante destacou que os recursos recebidos por ambos, na iniciativa privada, são identificados e reconhecidos. “Eles estão prestando grandes serviços ao país e os resultados estão aí”, disse Aloízio Mercadante.

Já o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), defendeu hoje a demissão de toda a diretoria do Banco do Brasil, inclusive de Cássio Casseb. Segundo ele, a situação do presidente do BB tornou-se insustentável quando a instituição comprou R$ 70 mil em ingressos para um show da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, realizado em Brasília, para ajudar na construção da sede do Partido dos Trabalhadores.

“Existe o fato da improbidade administrativa, do crime eleitoral cometido pelo Banco do Brasil ao doar, numa festa para a construção da sede do PT, R$ 70 mil. É um descalabro, um absurdo, uma coisa que não se podia imaginar em nossa democracia. A demissão dos diretores e do presidente do Banco do Brasil, em função desta doação irregular se torna necessária senão o presidente da República dará cobertura a um ato desta natureza”, afirmou Bornhausen.

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