Mercadante diz não aceitar imposição de nomes para CPI dos Correios

O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que a base
governista não vai aceitar imposição sobre os nomes do presidente e relator da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. "Estamos nos
esforçando para encontrar solução", afirmou. "Vamos sentar com oposição, mas não
vamos aceitar nenhuma imposição. Só construiremos saída negociada se houver de
fato, disposição de acordo."

A reunião da CPMI para escolha do presidente
e relator marcada para esta manhã foi transferida para 19h, após a ordem do dia
das duas casas. Os partidos de oposição (PSDB, PFL e PDT) indicaram o senador
César Borges (PFL-BA) para um dos cargos, e a base aliada apresentou os nomes do
deputado Osmar Cerraglio (PMDB-PR) e do senador Delcído Amaral (PT). A base não
aceitou o nome de Borges, e quer chegar a um acordo com a oposição para outro
nome. O senador César Borges (PFL-BA) disse que não há porque temer sua
indicação. "Não tem porque o governo me temer. Na verdade, o governo quer
pessoas maleáveis para que possam influenciar a condução dos trabalhos e os
resultados da CPI."

O líder da minoria, José Carlos Aleluia (PFL),
acredita que será difícil chegar a um acordo. "É muito difícil um acordo
aceitando o veto de um senador. O que o governo fez foi adiar a eleição porque
ele não sabe com que roupa vai estar depois do depoimento do Roberto Jefferson",
afirmou. Mercadante disse que os partidos com maioria na Câmara (PT) e com
maioria no Senado (PMDB) têm direito a indicar o presidente e relator. Se não
for feito acordo, a decisão será por meio do voto. Neste caso, o governo tem
vantagem, pois dos 32 membros, 10 são filiados a base governista.

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