Medidas de apoio ao setor agrícola serão definidas amanhã

A decisão sobre novas medidas de apoio ao setor agrícola, ampliando os benefícios anunciados em 25 de maio pelo governo, foi adiada para amanhã. Hoje, deputados do grupo de trabalho da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural criado para discutir o endividamento do setor rural estiveram reunidos com o assessor para Assuntos Agrários do Ministério da Fazenda, Gerardo Fonteles, mas não foi tomada uma decisão sobre o assunto, porque o governo ainda está fazendo ajustes no pacote de R$ 60 bilhões para a agricultura. Uma nova reunião foi marcada para amanhã, às 9 horas, no Ministério da Fazenda.

Gerardo Fonteles explicou o motivo do adiamento. "Temos que dosar a disponibilidade de recursos para a nova safra que vem por aí e ver como é que se ajusta o processo de prorrogação para dar espaço ao produtor e não comprometer a disponibilidade atual de recursos para tocar a safra 2006/2007", disse. O pacote anunciado pelo governo prevê a destinação de R$ 60 bilhões para custeio, comercialização e investimento da próxima safra e o refinanciamento da dívida relativa a alguns programas para o setor agrícola.

Reivindicações

Uma das principais reivindicações dos produtores rurais é a prorrogação das dívidas com os bancos. O grupo de trabalho formado pela Câmara para discutir o tema aponta que o passivo dos produtores com o sistema bancário pode chegar a R$ 8 bilhões. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) cita ainda outras medidas que são esperadas pelo setor. "Existem medidas específicas com relação ao pagamento das contas que os produtores rurais têm fora do sistema financeiro, nas indústrias, no comércio e nas cooperativas. Queremos a flexibilização da linha FAT Rural e fazer com que ela fique mais simples para o produtor ter acesso", ressaltou.

Heinze afirmou que os produtores também querem um aumento do prazo de pagamento de dois para cinco anos, com dois anos de carência, e que ainda falta definir os valores dos juros e dos limites que os produtores têm hoje junto ao sistema financeiro.

O deputado João Grandão (PT-MS) também esteve no Ministério da Fazenda, acompanhado por representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

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