MEC quer criar centros de atendimento para superdotados

O Ministério da Educação está preparando a criação de centros de atendimento
para alunos com altas habilidades, os chamados superdotados. A intenção é ter um
centro em cada um dos Estados para ajudar na formação e desenvolvimento do
potencial dessas crianças.

A política do MEC é manter as crianças com
habilidades especiais estudando nas escolas regulares, e não em centros
especiais para superdotados, como acontece nos Estados Unidos. No entanto, o
ministério reconhece que esses meninos e meninas precisam de atendimento
especial, não apenas para desenvolver seu potencial, mas também para que possam
se adaptar sem problemas na escola. Como aprendem em um ritmo mais rápido que
seus colegas, os superdotados precisam de desafios extras, o que muitas vezes as
escolas têm dificuldades para desenvolver.

Hoje, algumas prefeituras,
como as de Porto Alegre, Belém (PA) e de Lavras (MG), e alguns governos, como o
do Distrito Federal, já dispõem de programas para identificação de superdotados,
especialmente em escolas públicas, e de trabalho especial com essas crianças. A
intenção do MEC é capacitar professores e educadores para trabalhar nesses
centros e ampliar o acesso das crianças a um trabalho especial.

O tema
foi levantado no seminário para gestores de educação especial que aconteceu em
Brasília nesta semana. "Precisamos de uma política educacional ampla,
inteligente e voltada para as necessidades educacionais dos indivíduos", disse
Angela Magda Rodrigues Virgolim, do Instituto de Psicologia da Universidade de
Brasília (UnB), presidente do Conselho Brasileiro para Superdotação". "Eles
precisam ter chances de se desenvolver adequadamente, de se engajar em programas
especiais".

Voltar ao topo