MEC amplia programa de apoio a crianças vítimas de violência

As atividades de proteção às crianças e adolescentes vítimas de violência terão um reforço esse ano. O Ministério da Educação (MEC) vai ampliar o programa "Escola que Protege". Para dar mais apoio aos jovens em situação de risco, o programa passa a funcionar integrado a outras ações do governo. A primeira parceria será com o programa "Escola Aberta", por meio do qual as escolas abrem nos finais de semana com atividades que unem a comunidade e permitem a participação da família no ambiente escolar.

O coordenador de Ações Educacionais e Complementares do Ministério da Educação, Leandro Fialho, explica que o "Escola que Protege" será, inicialmente, levado a cerca de mil escolas públicas da educação básica onde o "Escola Aberta" está implantado.

Com isso, a temática "violência contra crianças e adolescentes" passa a ser tratada também nas atividades desenvolvidas nos finais de semana. Pais e alunos vão participar, por exemplo, de oficinas com orientações sobre prevenção, tratamento e até mesmo punição para agressões físicas, psicológicas ou sexuais contra meninos e meninas.

"A criança tem que ser respeitada nos seus direitos é uma questão de cidadania. Por trás de muitas reprovações e evasões de alunos existe um histórico de trabalho infantil, violência e exploração sexual", lembra o coordenador do MEC. De acordo com ele, o programa "Escola que Protege" já conseguiu bons resultados e em 85% dos casos atendidos a violência foi interrompida.

Criado no ano passado, o projeto prevê a capacitação dos professores em o contato diário com as crianças, criando uma rede de proteção às vítimas de violência e ainda orientando os pais e familiares sobre as formas de tratar a questão. Para esse ano, os investimentos previstos pelo MEC são de R$ 700 mil, R$ 500 mil para a capacitação de professores e R$ 200 mil para o trabalho dos coordenadores regionais.

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