Maus exemplos

Os países latino-americanos estão condenados ao atraso socioeconômico, e isso não é truísmo de discurso eleitoreiro de líderes de fancaria. A realidade foi mais uma vez mostrada pelo Banco Mundial (Bird), no relatório distribuído aqui pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), instituição presidida pelo megaempresário Jorge Gerdau Johannpeter.

Diz o Bird que o crescimento da renda per capita na América Latina, de 1997 até o final de 2006 será de 2,8%, contra 5,3% nos países desenvolvidos e 3,9% no mundo. O relatório contempla vários aspectos negativos levantados no Brasil, país que há décadas fala em aumento da produtividade e diminuição da atividade informal, hoje exercida por 42% das pessoas ocupadas. Enquanto isso, a China e a Índia conseguiram rebaixar seus índices de informalidade para 16% e 26%, respectivamente.

O Brasil ocupa o 119.º lugar num ranking mundial liderado pela Nova Zelândia, Cingapura, Estados Unidos, Canadá e Noruega, muito distante das 30 economias onde é mais fácil realizar negócios. Na América do Sul e no Caribe, os mais bem cotados foram Porto Rico (22.º) e Chile (25.º). Ilustrando: em São Paulo gasta-se 152 dias para abrir uma empresa, 19 em Minas e apenas dois na Austrália. No Rio de Janeiro paga-se 208% do lucro bruto para abrir a empresa, 89% no Amazonas e, pasmem, 1,4% na Arábia Saudita.

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