Marina Silva cita Bush e ressalta discussão sobre clima

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, citou o presidente dos EUA, George Walker Bush, em discurso nesta quinta-feira (25) no Rio e disse que o "mundo inteiro" espera que ele "assuma sua responsabilidade em relação à questão das mudanças climáticas". Na terça-feira, Bush defendeu que os EUA reduzam em 20% o consumo de gasolina no período de dez anos, e que o etanol seja responsável pela maior parte da compensação dessa redução.

"Até o presidente Bush está sendo obrigado a discutir. É isso que o mundo inteiro está cobrando, que eles assumam compromissos e façam reduções. Não apenas em relação à convenção de clima, mas também em relação à convenção da biodiversidade e em relação ao outros acordos internacionais que eles não ratificaram. É um assunto sobre o qual não temos mais como fugir", declarou Marina. A ministra disse que durante muito tempo o homem achou que ele é que interferia na natureza, transformando-a, e advertiu: "Nós temos que começar a nos acostumar com o fato de que a natureza também está nos transformando.

Para Marina, o Brasil tem uma posição boa em relação à questão. "Temos 45% da nossa matriz energética renovável, 81% da matriz elétrica renovável e um potencial na área de biocombustíveis. Nenhum País pode exibir esse feito.

A ministra afirmou que a redução de 52% do desmatamento na Amazônia, obtida segundo ela pelo aumento da fiscalização, evitou que fossem jogadas na atmosfera 128 milhões de toneladas de CO2. "Isso representa 15% de tudo o que teria que ser reduzido nos últimos dois anos pelos países ricos. Exatamente em função de estarmos fazendo o dever de casa, o Brasil apresentou há mais de um mês em Nairóbi uma proposta de compensação positiva pela redução das emissões de CO2.

Marina participou da inauguração da reforma do bromeliário do Jardim Botânico do Rio, um investimento de R$ 480 mil. A obra durou um ano e ampliou a área de estufas e os canteiros, com cerca de 3 mil plantas. A Amil doou R$ 320 mil para a reforma.

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