A Marca Brasil, logotipo que representará a imagem do país no exterior, será apresentada amanhã (1º/3) durante reunião do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Turismo e também na quinta-feira (3/3) aos integrantes do Conselho Nacional de Turismo. A informação é do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Eduardo Sanovicz, que acrescentou: "Além da marca, temos agora uma radiografia que nos permite ser muito objetivos ao promover o Brasil pelo mundo, o que deve gerar empregos e renda de Norte a Sul do país."
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM, Sanovicz explicou que o Plano Aquarela Brasil, que inclui o novo logotipo, é resultado de pesquisas realizadas para conhecer o perfil dos cerca de 6 mil turistas, dirigentes e executivos dos 18 principais mercados que mandam visitantes ao país. A promoção da Marca Brasil, acrescentou, está sendo feita em feiras de promoção comercial no exterior, por meio da cooperação entre os estados e a Embratur. "Neste ano, estaremos em 60 eventos e a Embratur também lançará a marca em seminários de vendas", informou.
Em relação à repercussão negativa da violência sobre a imagem do Brasil no exterior, o presidente da Embratur disse que a única maneira de reverter a situação é enfrentá-la: "Antes de afligir o turista, segurança ou violência é problema que aflige a nós, brasileiros, e que deve ser enfrentado por nós. Cabe a nós mostrar que do ponto de vista do turista, a violência atinge tanto aqui quanto em qualquer lugar do mundo", afirmou, lembrando que "não temos o hábito de derrubar edifícios, explodir trens, explodir hotéis ou colocar bombas em discotecas. Isso faz do Brasil um país bastante atrativo em relação às notícias que afligem o planeta todos os dias."
Neste ano, o Brasil investirá US$ 40 milhões em promoção comercial no exterior ? em 2004 foram US$ 30 milhões. Com o turismo internacional, entraram US$ 3,2 bilhões, segundo Sanovicz, o "que mostra que para cada dólar que o país investiu, entraram cem na economia nacional. Ainda é menos do que o ideal, mas é muito mais do que historicamente tivemos". A Argentina, explicou, é o principal cliente turístico brasileiro, mas no início de 2005 a visita de latino-americanos foi superada pela de turistas europeus, que se dirigiram principalmente para o Nordeste: "O turismo tem peso decisivo e brutal na economia nordestina, ou seja, gerar empregos no Nordeste significa dar um auxílio brutal ao desenvolvimento da região."
Sanovicz disse ainda acreditar que as empresas brasileiras começaram a enxergar o turismo como uma boa oportunidade de negócio. "Depois da apresentação da Marca Brasil, a reação foi muito positiva. Até agora, 14 cooperativas já nos procuraram para, de alguma forma, se integrar ao processo de promoção do Brasil sob uma identidade única", explicou.
Sobre a concorrência turística entre os países, Sanovicz informou que há uma disputa acirrada: "Em 2004, houve crescimento de 15% no ingresso de dólares, indicando que nós crescemos acima da média mundial pelo segundo ano consecutivo. Nós estamos no mercado, então tem soco no nariz, cotovelada, mas estamos preparados. Vamos chegar ao fim da linha com alguns arranhões, mas creio que a economia brasileira vai ganhar mais esta briga."