Manutenção em equipamentos de combate à dengue economiza R$ 1,5 milhão

O Governo do Paraná economizou cerca de R$ 1,5 milhão com a manutenção de equipamentos utilizados para o combate à dengue no Estado. O trabalho é feito em Maringá, pela Central de Apoio Logístico de Insumos, unidade da Secretaria da Saúde. No local, que é a antiga sede do Departamento de Estradas e Rodagem, estão centralizadas boa parte das armas do Paraná contra a doença.

?Além da manutenção dos equipamentos e do estoque de insumos, estamos recuperando diversos aparelhos que seriam inutilizados ou que o preço para aquisição das peças seria muito mais caro?, diz o secretário da Saúde, Cláudio Xavier. Segundo ele, já foram recuperadas mais de 800 ?bombas costais?, utilizadas pelos agentes para dedetização.

Para conseguir esta economia, o Estado tem adotado soluções práticas, simples e criativas. Fez parceria com indústrias paranaenses para peças mais complexas e em outras, mais simples, o conserto é feito na própria Central, que dispõe de equipamentos para manutenção. ?Uma peça chamada tubo de imersão que custa no mercado cerca de R$ 150 para nós sai por R$ 2,50?, compara o diretor de Vigilância e Pesquisa da Secretaria, Luiz Armando Erthal.

Ele explica que diversas peças têm o mesmo processo. Uma peça de borracha que custa R$ 5,00 o Estado adquire por R$ 0,40. ?Até mesmo um motor para a aplicação de inseticida em grande escala, o chamado ?fumacê?, que novo custaria R$ 1.300,00 recuperamos por R$ 168,00?, contabiliza. O técnico de manutenção da Central José Klucinec lembra de um caso interessante. ?Existe uma peça de borracha para acoplar no motor que só conseguíamos com uma empresa no Rio de Janeiro que mandava importar dos Estados Unidos. O valor era muito alto, R$ 380,00 por unidade?, conta. Segundo Klucinec, uma empresa de Curitiba confeccionou uma matriz da peça, por R$ 980,00 e hoje cada uma delas custa para o Estado R$ 7,00.

Todas essa economia chamou a atenção do Ministério da Saúde. ?O Governo Federal já pediu informações a respeito dos nossos métodos de operação. O grande corte de gastos e as nossas soluções devem virar referência para o Brasil?, afirmou Erthal.

Novidades ? A Central de Apoio Logístico de Insumos ainda terá mais novidades até o final deste ano. Implantada no início de 2004, a sede passou por uma ampla reforma de recuperação. Agora, outra faixa do antigo DER também está sendo incorporada e deve incrementar ainda mais ações e tornar o Paraná um centro de estudos da doença. ?Vamos implantar neste novo espaço um centro de treinamentos, que já neste ano, receberá profissionais de outros estados, como Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal?, diz o coordenador estadual sobre operações de inseticidas, João Medina. Além disso, laboratório de Entomologia, que hoje está em um prédio da Funasa, será transferido para o mesmo local. Segundo ele, foram investidos cerca de R$ 45 mil na reformas de ambos os prédios.

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