O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo quer uma reforma tributária definitiva e mais avançada que a que está no Congresso. O governo já iniciou negociações com os governadores e secretários estaduais de Fazenda para construir uma proposta de consenso que será enviada ao Congresso entre julho e agosto. A idéia é acelerar as negociações a partir de agora.
"Não é que estejamos abandonando a idéia de reforma tributária. Muito pelo contrário. Temos a ambição de implantar uma reforma tributária mais definitiva, mais avançada do que a atual", disse Mantega. Segundo ele, a proposta a ser enviada ao Congresso será bem mais complexa. "Por ser mais ambiciosa e modificar mais coisas, ela requer uma discussão mais profunda e esclarecimento maior, de modo que haja uma concordância nos próximos meses.
Nas conversas preliminares, a Fazenda tem apresentado a proposta de agrupar os tributos que incidem sobre bens e serviços em dois impostos sobre valor agregado, um federal e um estadual, que substituiriam ICMS, IPI, PIS, Cofins e Cide. A transição do ICMS para o IVA-E teria prazo de 5 anos. O IVA-F seria adotado em 2 ou 3 anos.