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O governador Roberto Requião está ampliando a margem de seu contencioso político com o prefeito Beto Richa, de quem esperava apoio irrestrito na campanha da reeleição. O alcaide não compactuou com o esquema do ex-deputado Hermas Brandão e, no segundo turno, apoiou Osmar Dias.

A última demonstração do ressentimento de Requião em relação ao prefeito ocorreu durante a sessão da escola de governo, com referência ao suposto desvio de R$ 10 milhões, pagos indevidamente pelo DER ao empreiteiro Darci Fantin.

Segundo o governador, à época do pagamento, o diretor financeiro do DER era José Richa Filho e o dinheiro passou diretamente para as mãos de José Richa e Euclides Scalco, a fim de financiar a candidatura de Beto ao governo do Estado, em 2002.

O estopim do destempero foi a presença de oficial de Justiça na escolinha, com o fito de entregar ao governador a intimação da primeira audiência do processo cível e criminal movido pela marquetóloga Cila Schulmann, coordenadora da referida campanha, também arrolada por Requião como beneficiária da maracutaia.

Os jornais de ontem publicaram carta da família Richa, a qual, entre outras cipoadas, reduz o governador a ?inquilino palaciano covarde? dado a ?constantes loucuras e chiliques públicos?, mediante os quais ?forjou imagem folclórica?. A cuíca vai roncar.

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