Mais da metade da população brasileira estava empregada em 2000

Mais de 20% dos domicílios brasileiros apresentavam em 2000 alto grau de vulnerabilidade, o que significa que os rendimentos domiciliares eram de meio salário mínimo por pessoa. Além disso, o responsável pela casa tinha menos de quatro anos de estudo e ainda havia a presença de crianças com até 14 anos no lar. A classificação feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) consta da publicação Indicadores Sociais Municipais 2000, divulgada nesta quarta-feira.

O estudo mostra que a vulnerabilidade é mais elevada nos municípios menos populosos, chegando a 39,2% naqueles que têm entre 10.001 e 20.000 habitantes e bem menos expressiva nos municípios mais populosos. A situação do mercado de trabalho também muda bastante de acordo com as classes e tamanho da população dos municípios. Em 2000, mais da metade da população brasileira (52,9%) estava empregada, mas esse percentual variava de 39,4% nos municípios menores a 59,7% nos maiores.

Nos municípios com até 5 mil habitantes, apenas 18,3% dos trabalhadores tinham carteira assinada, enquanto que nos municípios com mais de 500 mil habitantes o percentual chegava a 44,1%. Já a proporção de pessoas ocupadas sem remuneração é maior nos municípios pequenos. Isso deve-se ao perfil mais rural desses municípios, "que reconhecidamente têm mais empreendimentos familiares, o que também explicaria a maior ocupação de crianças e jovens nesses locais", disse a pesquisadora Bárbara Soares. Também nos municípios menores, o nível de ocupação de pessoas de 10 a 17 anos de idade chega a 22,5%, contra 8,4% nos municípios mais populosos.

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