Maioria dos setores industriais teve desempenho melhor em fevereiro

Brasília – A atividade industrial brasileira em fevereiro apresentou desempenho positivo em relação ao primeiro mês do ano, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta quarta-feira (11), em Brasília, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação entre os dois primeiros meses de 2006 e o mesmo período deste ano, todos os indicadores analisados, vendas reais (4,9%), horas trabalhadas (3,0%), pessoal empregado (3,4), remunerações pagas (7,0%), tiveram índices positivos.

Apesar do bom resultado da indústria como um todo, alguns setores apresentam resultados negativos. Enquanto a indústria de alimentos, bebidas, petróleo e álcool vem somando bons resultados nos últimos meses devido à grande demanda internacional, os segmentos de calçados, têxteis, vestuário e madeira vêm tendo retração na produção e na geração de emprego devido a valorização do real frente ao dólar.

Segundo o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, a valorização da moeda brasileira ocorreu simultaneamente, no últimos anos, a praticamente quase nenhum avanço na redução dos ?custos sistêmicos? da economia brasileira. Ou seja, diminuição da carga tributária e da burocracia, principalmente. Isso, argumentou, prejudicou a competitividade de alguns setores da economia.

?Tivemos um avanço enorme na integração do mercado internacional, amentamos nossa exposição ao mercado exterior. Tanto os mercado lá fora, que se tornaram mais concorrentes, como o mercado doméstico, e as cotações do câmbio, se valorizaram, prejudicado, justamente, a competitividade dos produtos brasileiros e, por outro lado, tivemos poucos ou quase nada em termos de ganhos que viessem a compensar a valorização do câmbio?, explicou Castelo Branco.

De acordo com a pesquisa, enquanto os setores de alimentos, bebidas, refino e álcool tiveram, respectivamente, variação percentual de 11,1% e 22,1% na geração de emprego na comparação entre os dois primeiros meses de 2006 e o mesmo período deste ano, os segmentos de têxteis, vestuário, couros e calçados e madeira apresentaram percentuais de -2,3%, -1,4%, 0,8% e -6,4, respectivamente, em igual período.

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