O líder do PL na Câmara, deputado Sandro Mabel (GO), negou há pouco, em
depoimento na comissão de sindicância da Câmara, que tenha oferecido dinheiro
para que a deputada licenciada Raquel Teixeira (GO) deixasse o PSDB e
ingressasse no PL.
Segundo ele, a deputada põe ingredientes no episódio
"que não existem". "Jamais ofereci dinheiro", insistiu ele várias
vezes.
Ele disse que ouviu falar da existência do "mensalão" em setembro
do ano passado, quando o então presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha
(PT-SP), abriu processo para apurar a veracidade de reportagem publicada pelo
Jornal do Brasil que falava do "mensalão".
Mabel repetiu as declarações
feitas ontem no Conselho de Ética da Câmara, observando que esse conselho não
pode desviar o foco das investigações, que são as denúncias do PL contra o
presidente licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ) cuja cassação o
partido pede, alegando falta de decoro parlamentar do deputado carioca. Daqui a
pouco, a comissão de sindicância, instaurada no âmbito da Corregedoria da
Câmara, vai ouvir o líder do PTB, deputado José Múcio Monteiro (PE), e, às 16
horas, o ex-ministro-chefe da Casa Civil deputado José Dirceu (PT-SP), apontado
por Jefferson como sendo o chefe do suposto esquema de pagamento de mensalão" a
parlamentares.