Momentos antes do improviso no qual rebateu críticas e assegurou o empenho do governo em investigar as denúncias, o presidente disse que não era o momento certo para comentar o assunto. "Vocês sabem que estou falando de cooperativas, porque não posso falar aquilo que gostaria de falar", disse. "Não vim aqui para isso. Cada coisa tem seu momento e sua hora. Como o peso da responsabilidade de presidente é muito maior que o de um cidadão comum, não posso falar a quantidade de bobagens que falam por aí".
Ele destacou que era preciso esperar o momento certo para dizer o que gostaria, mas não resistiu. "De vez em quando fico perguntando se as pessoas querem mesmo investigar a corrupção. Se querem isso, sobretudo as que estão acusando, deveriam estar aplaudindo o governo".
Segundo ele, na história republicana nenhum governo fez 20% que o seu, no combate à corrupção. Lula desafiou a imprensa a fazer um levantamento de todas as denúncias de jornais e revistas, nos últimos 10 anos, e comparar com as ações do governo atual no combate à corrupção. "É só pegar as denúncias de corrupção nos últimos 10 anos. Tem gosto para tudo", afirmou.
Para o presidente, a imprensa está cumprindo um papel extremamente importante em denunciar as mazelas. "Agora, o que muitas vezes não fica claro é a diferença", disse, comparando o seu governo com os anteriores.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, também ressaltou a ética do governo Lula, em seu discurso no encontro de cooperativas da Agricultura Familiar. Rossetto disse que os valores republicanos e da ética traduzem o compromisso do governo com o povo e a nação, e que era testemunha de que a orientação de Lula à sua equipe é de que tivesse uma conduta absolutamente rigorosa em defesa do patrimônio público.