Lula pede que órgãos informem-se sobre sucesso da política social

Brasília – Os órgãos do governo e o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) precisam se informar sobre o sucesso da política social para ter orgulho do trabalho que desenvolvem. O alerta foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a última reunião deste ano do conselho, hoje no Palácio do Planalto.

"Muitas vezes, trabalhamos com uma quantidade de desinformação de tal ordem que nos esquecemos das conquistas que já tivemos. O pessoal saia preparado e armado com as informações para que as pessoas sintam orgulho do que estão fazendo, senão as pessoas não vêem resultado do que ajudaram a produzir", disse.

No discurso, Lula citou o aumento de recursos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Bolsa Família e os dados positivos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada.

O presidente reconheceu que ainda há muito por fazer na área social, mas ressaltou que as conquistas não podem ser desvalorizadas. "Lógico que nós precisamos mais, é lógico. Mas nós temos só 36 meses de governo. Nós não podemos ser responsabilizados por 25 anos, 22 anos, 10 anos da década perdida e, depois, mais dez anos de estagnação".

Ele criticou quem adota o discurso "fácil" para fugir dos desafios. "Poderia estar mais, mas não está. Está naquilo que foi possível construir, porque muita gente faz o discurso mais fácil porque é melhor fazer o discurso mais fácil, é melhor".

Apesar da declaração da conselheira Maria Emília Pacheco de que a atual política econômica prejudica o programa de aquisição de alimentos de pequenos produtores rurais, Lula disse que não iria debater sobre a condução da economia porque é necessário discutir muito sobre assunto. "Senão nós ficamos discutindo sempre a comida que falta na mesa e não valorizamos aquela com que enchemos ?o bucho?", afirmou Lula.

O presidente garantiu que a política econômica não atrapalha as ações sociais do governo.

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