Esbanjando otimismo e bom humor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta terça-feira (29) seu programa de governo para a reeleição prometendo mais do mesmo: continuidade das políticas econômica e de relações internacionais e ênfase na educação, no desenvolvimento e distribuição de renda.
Segundo o presidente, o futuro do Brasil é "promissor". Para ele os problemas políticos que o País enfrenta serão resolvidos "na eleição". "O povo vai resolver o problema político agora, em 1º de outubro", afirmou, ao discursar em evento num hotel da capital paulista.
Lula disse que respeitará a vontade popular resultante da eleição. Ele entende que é necessário, para o bem da democracia, existir diversidade política. "A gente não faz política com quem a gente gosta. Quem a gente gosta, é nosso companheiro, a gente leva para casa e faz churrasco", afirmou, mantendo o tom pragmático das últimas semanas.
O presidente da República e candidato á reeleição prometeu que seu próximo governo intensificará o combate à corrupção, sem citar diretamente os envolvidos nas denúncias do mensalão ou das sanguessugas. Ele insistiu que reforçará as atuações da Polícia Federal, da Controladoria Geral da União e do Ministério Público Federal. "No meu governo é assim: não tem lixo embaixo do tapete. Doa a quem doer", declarou.
Lula insistiu que as instituições denunciarão, prenderão e culparão os que forem culpados e que, ao mesmo tempo, uma eventual segunda administração dele apoiará a reforma política como outra medida de fortalecimento das instituições. "Não quero reforma política para mim. Na medida em que a sociedade não confia nos políticos, teremos coisas piores", observou. Para ele será necessária a realização da reforma política com enfoque na fidelidade partidária e no financiamento público de campanhas. "Os partidos, o Congresso Nacional e a sociedade farão a reforma não o presidente da República", insistiu.