Lula e Agnelo lançam Política Nacional do Esporte

Incluir a criança e o adolescente no esporte e no lazer é também levar a cidadania, permitindo o desenvolvimento humano.

Esse é o objetivo da Política Nacional do Esporte, que o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, lançam, nesta sexta-feira, em São Paulo. Segundo o ministro, pela primeira vez se terá uma política nacional voltada para a área, como acontece com a saúde e a educação. Assim, entra na agenda de prioridades do governo.

"Isso significa você ter a compreensão de que o esporte é uma ferramenta de desenvolvimento humano, é uma política essencial para o país", afirmou o ministro em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

Para ele, aplicar dinheiro no esporte não é gasto, mas investimento. "Você economiza na saúde, na segurança pública, ajuda no desenvolvimento, na auto-estima da população. É uma mudança radical na compreensão do papel do esporte. Antes você tinha o futebol, mas isso não é política de esporte como desenvolvimento humano de um país", afirmou.

Com esta política, o governo brasileiro espera universalizar o acesso da prática esportiva, ajudando no desenvolvimento humano, na inclusão social, na melhoria da qualidade de ensino e na promoção de saúde da população.

Segundo o ministro, a inclusão vai se dar por meio de programas como o Segundo Tempo, que tem como meta até o fim do governo Lula atingir a dois milhões de crianças.

"Esse é o maior programa sócio-esportivo do mundo, com um milhão de crianças e adolescentes que fazem, no contra-turno da escola, esporte, reforço escolar e alimentar. Isso ajuda a melhorar a qualidade do ensino, a auto-estima da criança, a tirar da rua, faz uma ação de prevenção ao uso de drogas, à violência, à prostituição, à gravidez precoce. Estando ocupados, num turno na escola, no outro fazendo esporte, que é uma coisa prazerosa, que a criança quer e gosta de fazer, é evidente que estamos utilizando a ferramenta ?esporte? para o desenvolvimento integral", disse o ministro.

Para Agnelo, essa política não tem um papel teórico, mas uma base nos programas já desenvolvidos pelo governo do presidente Lula. "O programa Segundo Tempo é um exemplo de como se faz inclusão social. Uma referência para as Nações Unidas de como se faz isso através do esporte", disse.

O ministro considera que a política nacional mudará radicalmente a forma de compreender a área esportiva. Deixará de ser algo secundário voltado para quem tem condições financeiras, para ser um direito de cada cidadão.

"Isso é um processo, não ocorre de uma hora para a outra. No entanto, é importante a decisão política e essa decisão está traduzida numa política que está aprovada, que hoje é uma lei no Brasil. De tal maneira que essa decisão vai repercutir em todos os atos, em orçamentos progressivos, crescentes", salientou.

Além do lançamento da política, o presidente Lula e o ministro Agnelo lançam neste sábado o programa Segundo Tempo em uma comunidade carente da zona leste da cidade de São Paulo.

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