O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (15) que não pretende partidarizar o Ministério da Educação, e foi por isso que não destinou o comando dessa pasta a representante de nenhum partido, nem do PT. O presidente não especificou se, com essa afirmação, estava confirmando que manterá no cargo o atual ministro da Educação, Fernando Haddad, como declarou no final do ano passado.
Um jornalista perguntou ao presidente se, ao não oferecer o Ministério da Educação a nenhum partido político, estava sinalizando que cuidará da educação de modo especial, levando o assunto para dentro de seu gabinete, ele respondeu: "Tem duas coisas fundamentais no Brasil: educação e saúde. A gente não brinca, a gente não partidariza e a gente monta o governo com as pessoas que têm competência, com as pessoas que têm capacidade de montar um bom governo, porque na saúde, se você brincar, é morte; na educação, se você brincar, é analfabeto.
Apesar da referência também ao setor de saúde, Lula igualmente não confirmou publicamente a escolha do médico fluminense José Gomes Temporão para o cargo de ministro da Saúde. Essa escolha foi divulgada por vários líderes políticos que estiveram nas últimas horas com o presidente da República.
Em encontro sobre educação, no Palácio do Planalto, Lula disse que o governo não pretende começar do zero e quer ouvir todos os setores para melhorar a situação do ensino. Pondo as mãos na cabeça do ministro Haddad, que ainda estava sentado, ele disse: "É por isso que temos duas orelhas e uma boca. É preciso ouvir muito e falar menos".