Lula diz que é passível de punição como todo brasileiro

O presidente da República e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, salientou ontem que, como todo cidadão brasileiro está sujeito a punição por seus erros, durante sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Lula referiu-se à suposta origem do dinheiro para a compra do dossiê Vedoin, cuja hipótese levantada é a de que teria vindo da campanha petista à reeleição. Caso essa hipótese seja verdadeira, Lula estaria sujeito a punição eleitoral.

O presidente voltou a defender a investigação da Polícia Federal do Ministério Público e da Justiça como o melhor meio para se chegar à verdadeira origem do dinheiro e o conseqüente esclarecimento do caso. E ressaltou: "pode ser que demore um dia ou dois anos".

Lula reafirmou sua intenção de ver punidos quaisquer envolvidos no escândalo, sem distinção de ligação com o governo ou não. "Todas as pessoas que forem envolvidas e que tiverem culpa terão que pagar. Essa é a regra do jogo da democracia".

Embora tenha se mostrado disposto a ver seus pares punidos após uma suposta ligação com a compra dos documentos, Lula reafirmou que duvida que a atitude tenha partido de sua campanha. Para o presidente, o maior estrago sofrido em sua trajetória de reeleição fui justamente o escândalo do dossiê, "um tiro no próprio pé". Com este argumento, Lula afirma não ter nenhum sentido a participação de pessoas próximas a ele com o caso.

Ainda sobre o caso, este "plano", como o presidente classificou a compra do dossiê, foi arquitetado por alguém. Os petistas envolvidos, "meia dúzia de pessoas que se achavam inteligentes" apenas morderam "a isca". Sobre os envolvidos, o presidente foi pontual: "Estou convencido de que o Freud (Godoy) é vítima só porque é próximo de mim. Dos outros (petistas), não estou convencido.

Voltar ao topo