Lula diz que Brasil aceita Banco do Sul se ajudar continente

O Banco do Sul também esteve na agenda da conversa política que os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Néstor Kirchner mantiveram nesta sexta-feira (27) em Buenos Aires. O assunto foi discutido ainda pelos ministros de Relações Exteriores de ambos os países, Celso Amorim e Jorge Taiana, e os ministros argentinos de Economia, Felisa Miceli, e de Planejamento e Infra-estrutura, Julio De Vido, em uma reunião paralela à dos presidentes.

"A minha visão sobre o Banco do Sul já foi expressada na Ilha Margarita (onde esteve há algumas semanas para a cúpula sobre energia) e acredito que todos nós queremos criar instrumentos de financiamento para a América do Sul", disse Lula. Ele considera que na reunião dos ministros de Fazenda dos países vizinhos, no próximo dia 3 de maio, no Equador, será possível avançar nas definições dos objetivos da entidade. "Precisamos discutir qual a finalidade desse banco: se é um banco de financiamento; qual a participação dos países; como será essa participação. Para criar um banco, a gente precisa de uma instituição de muita credibilidade", explicou o presidente.

Segundo ele, "a criação do Banco do Sul só será possível se forem resolvidas todas as divergências políticas que existem sobre o banco". Nesse sentido, Lula esclareceu que "o Brasil não terá nenhum problema de fazer parte do Banco do Sul se o ministro da Fazenda (Guido Mantega) voltar da reunião de Quito convencido de que o banco pode ajudar a América do Sul. Mesmo porque, o Brasil já participa da CAF (Corporação Andina de Fomento) e tem o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)".

Voltar ao topo