Lula diz que Alckmin é “especialista em destruir Estado”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o seu adversário, Geraldo Alckmin, é um "especialista" na destruição do Estado."Não é uma disputa entre dois homens ou entre dois partidos. São dois projetos que estão em jogo nesta eleição. Um projeto é o do desmonte, ou seja, daquele cidadão que é especializado em destruir em dois minutos o que a gente construiu em dois séculos", afirmou Lula referindo-se à proposta de privatização de estatais, já desmentida por Alckmin. No discurso que fez para deputados do PMDB e Minas Gerais, no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice José Alencar, Lula disse que nos oito anos do governo anterior, do PSDB, mesmo partido de Alckmin, o servidor público não teve reajuste salarial e a estabilidade fiscal foi à custa do sacrifício do povo.

Segundo Lula, o projeto do seu adversário lembra "um cidadão" que joga um monte de dinamites e consegue destruir um prédio em apenas 30 segundos. "Ninguém sabe o sacrifício que foi construir este prédio". Lula ressaltou que durante o seu governo conseguiu aliar crescimento econômico com controle da inflação, sem esquecer da área social e o aumento do crédito.

Descontraído, Lula disse ser um bom jogador de truco, jogo comum em Minas Gerais. "O bom jogador de truco tem de ser cuidadoso e blefar o menos possível. Todo bom jogador não pode blefar o jogo inteiro", disse o presidente, numa referência indireta a Alckmin a quem acusa ter blefado no debate. Ao iniciar o discurso, Lula foi surpreendido por gritos de um pavão, no Palácio do Jaburu. Aproveitando a chance, Lula disse que estava competindo com um pavão "que grita de forma desesperada". As lideranças do PSDB sempre foram chamadas de "pavões" pela oposição.

Lula disse esperar que o povo mineiro seja mais generoso com ele no segundo turno do que foi no primeiro. "O povo mineiro saberá reconhecer o que fizemos por Minas Gerais", disse. Referindo-se ao segundo turno Lula disse que os mineiros vão saber diferenciar o candidato que aparece nervoso e irritado nos jornais, ao que esse mesmo povo recebeu em benefício direto, numa referência à descrição feita pela imprensa de seu comportamento, no debate com Alckmin. "O povo não se deixa enganar", disse. Ele pediu empenho dos parlamentares na campanha em Minas Gerais onde o governador tucano, Aécio Neves conseguiu muitos votos para Alckmin, no primeiro turno. "Trabalhamos 10 horas por dia temos que trabalhar agora 15. Sabemos onde está o mapa das Minas Gerais", afirmou.

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