Em evento planejado para capitalizar politicamente a passagem do Natal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse –com os olhos marejados– que a geração de empregos vai ser prioridade do governo em 2004, sem explicar por que não criou parte dos 10 milhões de postos prometidos na campanha e sem comentar a taxa recorde de desemprego em São Paulo, registrada hoje em 20,1% de janeiro a novembro pela Fundação Seade/Dieese.
Lula prometeu também criar mecanismos de engajamento da sociedade e de especialistas para elaborar planos de criação de empregos.
Para o presidente, os avanços tecnológicos fazem com que muitas empresas “aumentem sua produtividade, aumentem sua rentabilidade e não gerem um posto de trabalho”.
“Às vezes mandam embora ainda mais um pouco de trabalhador”, completou.
Lula chorou ao lembrar uma reportagem veiculada depois do resultado das eleições presidenciais do ano passado, em que um mendigo, que catava comida do lixo, dizia que “talvez aquele fosse o último pedaço de melancia que comia do lixão, porque Lula fora eleito e iria ajudar a resolver esse problema”. (Folha Online)