Lula diz não querer diferença entre militar e civil

Em discurso de improviso na cerimônia de apresentação dos oficiais-generais promovidos, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a indicação do vice-presidente José Alencar para o Ministério da Defesa é a demonstração da relação que o governo quer ter com as Forças Armadas e da que se quer construir entre as três Forças e a sociedade brasileira. Lembrando um dos primeiros discursos que fez em solenidade semelhante, Lula reiterou que gostaria que, ao fim do mandato, não houvesse diferenciação entre militares e a sociedade civil e que pudessem estar todos irmanados, cada um cumprindo a função, mas com o objetivo de transformar o Brasil num país cada vez mais competitivo e inserido no mundo globalizado.

Ele afirmou que tem certeza que Alencar terá uma "relação exemplar" com os militares, "sem abrir mão de um milímetro de sua autoridade".

"Tenham certeza que vocês têm em Alencar não apenas um ministro da Defesa, que cumpre uma obrigação constitucional e que as Forças Armadas têm um ministro da Defesa que, antes de tudo, é a segunda pessoa hierarquicamente de maior representação no Brasil", afirmou.

Ao elogiar Alencar, presente à reunião, Lula disse que ele é um homem com história reconhecida e admirado por todos e que, antes de tudo, é severo na exigência do cumprimento das obrigações, além de companheiro e leal, tanto das Forças Armadas como do povo.

Antes de encerrar, o presidente ressaltou que "se em algum momento da história alguém pensou em criar um Ministério da Defesa apenas para "inglês ver", a entrada de Alencar na pasta é para dizer que a Defesa é para valer e, definitivamente, na história do País.

"É um símbolo de integração de uma sociedade composta por religiosos e não-religiosos, homens e mulheres, negros e brancos, militares e gente da sociedade civil, mas que todos, acima de tudo, são brasileiros."

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