Candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou os números da economia, desde a queda das taxas de juros até o aumento da taxa de crescimento, em seu terceiro programa eleitoral gratuito na TV neste sábado, 19.
Nos quase oito minutos de programa, o presidente listou uma série de números. Argumentou que os trabalhadores conseguiram aumento real em 82% dos acordos salariais no primeiro semestre deste ano, segundo o Dieese. Lula também disse que três milhões de brasileiros saíram da miséria, e que outros sete milhões migraram da pobreza para a classe média. Lula voltou a dizer que nos últimos três anos e meio, foram criados seis milhões de novos empregos. "O Brasil está melhor do que antes", repetiu o presidente.
O presidente aproveitou também para reabilitar o vermelho e o número 13 do PT. Nos dois programas anteriores, Lula havia eliminado o PT de sua biografia, mas no deste sábado, o presidente aparece em sucessivas cenas de comícios, que fez desde o início da campanha em todas as regiões do País. As cenas externas são povoadas por bandeiras vermelhas e brancas com o símbolo do PT. Parte do programa de Lula deste sábado repetiu exibições anteriores. Assim como nos anteriores, o programa do candidato petista mostrou a vida de Lula, a infância pobre em Caetés, a ida para São Paulo como migrante, a ascensão a líder metalúrgico e a conquista da Presidência da República.
Alckmin
O programa do candidato do PSDB Geraldo Alckmin não seguiu a orientação do PFL. Ao contrário das expectativas, o tucano não atacou Lula. Os pefelistas defendem que Alckmin exponha em seu programa as denúncias de corrupção contra o atual governo, abordando os temas como o mensalão – deputados da base aliada, que teriam recebido dinheiro para votar a favor do governo – e a máfia dos sanguessugas.
Com fraco desempenho eleitoral na região nordeste, o tucano voltou a garantir que, se for eleito, vai manter e aumentar o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, principalmente na região.