O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, prosseguiu no segundo dia do horário eleitoral a estratégia de apenas mostrar suas propostas para governar o País, sem referências diretas ou indiretas a seus adversários.
O destaque do programa de hoje foi a área de saúde. Ele mostrou como vai funcionar o Programa Farmácia Popular, que seria uma alternativa aos medicamentos genéricos, um dos destaques na gestão de José Serra, candidato do PSDB, quando foi ministro da Saúde. Em nenhum momento houve referências a adversários enquanto Lula falava.
Lula apontou que os dois grandes problemas na área da saúde são a má qualidade dos serviços públicos e o alto preço dos medicamentos. Em seguida, apresentou um vídeo mostrando duas mulheres, uma com melhor emprego e outra mais humilde, esta, com dificuldades para comprar um remédio para a filha. ?Essa é uma história muito triste. Quanta gente já não passou por essa situação??, disse Lula, no fim do filme, completando que ?comida e remédio? não podem faltar para o povo.
O programa mostrou o deputado federal petista Eduardo Jorge, atual secretário de Saúde do município de São Paulo, administrado pelo PT, que foi autor da lei dos genéricos. Ele é freqüentemente elogiado por Serra, que implantou a lei quando foi ministro no governo Fernando Henrique Cardoso. O programa exibiu também uma farmácia em Pernambuco, Estado que já conta com farmácias populares. Um quadro mostrou as diferenças de preço de produtos entre os medicamentos comprados na farmácia comercial e na popular, seguido por explicações sobre como funcionará o programa, caso Lula vença a eleição. ?Se eu for eleito, vou estimular todo projeto que signifique economia para o povo?, concluiu.