Lucro estonteante

O Banco do Brasil anunciou o maior lucro de todos os tempos de sua não pequena história de instituição de crédito. Um desempenho extremamente positivo que fez entrar em seus cofres a impressionante cifra de R$ 4,154 bilhões no exercício de 2005.

Esse lucro foi maior que os resultados obtidos no período pelo Unibanco (R$ 1,838 bilhão) e Santander-Banespa, tido como o melhor banco do mundo e cujos garotos-propaganda são os mais prestigiados craques brasileiros atuando no futebol europeu (R$ 1,643 bilhão).

Até o final da semana devem ser conhecidos os resultados de 2005 do Bradesco, Itaú e Caixa Econômica Federal, perfazendo no conjunto uma estonteante montanha de dinheiro. Uma explicação para o lucro dos bancos esse ano (o BB aumentou em 37,4% essa fatia em relação ao exercício de 2004) está no desempenho do setor de crédito.

Em 2005 o BB emprestou R$ 101,8 bilhões, 14,9% a mais que no ano anterior, abocanhando a maior parcela (15,3%) desse importante segmento do mercado. Os acionistas do banco têm motivos de sobra para comemorar o sucesso da instituição: R$ 1,498 bilhão foi pago a eles em dividendos e juros, ou 57% a mais do que receberam em 2004.

O resultado, em síntese, é demonstração efetiva dos resultados da política de juros altos praticada pelo Ministério da Fazenda e Banco Central, mediante a qual alguns nichos – os bancos em primeiríssimo lugar – foram os maiores beneficiados.

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