Líderes políticos também ‘jogam’ no Mundial de futebol

Foto por: Evaristo Sa

A Copa do Mundo de futebol é um evento social de grande importância, principalmente na política, jáque muitos líderes do planeta gostam de emitir opiniões sobre futebol, destacando-se, entre eles, o brasileiro Lula e o presidente do país organizador, Jacob Zuma.

Para Luiz Inacio Lula da Silva, presidente do Brasil, qualquer oportunidade é boa para falar da seleção. “Kaká é imprescindível, é um grande jogador que vive um momento delicado. Kaká precisa de deixar as lesões de lado e nos defender”, declarou Lula depois de um encontro com os reis da Suécia.

Numa reunião do chamado ‘Grupo dos 5’, Lula chegou até a presentear governantes de outros países com as camisetas da seleção. O G-5 é formado pelos presidentes de África do Sul, China, Índia, México e Brasil.

Já o presidente francês Nicolas Sarkozy, torcedor fanático do Paris Saint Germain, não conseguiu ficar alheio aos feitos da seleção francesa, principalmente quanto Thierry Henry ajudou a equipe a se classificar para o Mundial, com a mão, na repesca contra Irlanda.

“Disse ao premier irlandês o quanto senti, mas não peçam a sustituição do árbitro. Deixem-no”, disse à imprensa depois do episódio de Henry.

A chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se consternada com o suicídio, ano passado, do goleiro destinado a defender a seleção germânica no Mundial, Robert Enke, devido a uma depressão.

Já o presidente do governo espanhol, José Luis Zapatero, torcedor do Barcelona, não escondeu o otimismo, em outubro passado, com as possibilidades de sua seleção. “Somos campeões da Europa e com expectativas de sermos os do mundo”, afirmou.

“Quero agradecê-los, em nome dos cidadãos, pela coragem em defender as cores da Espanha”, afirmou para um auditório de várias gerações de jogadores espanhóis, na celebração do centenário da federação.

Muito otimisma, mas talvez menos realista, é o presidente sul-africano, Jacob Zuma, que acredita numa vitória de seu país.

“Estou convencido de que o troféu ficará na África do Sul na final, mas, se não for assim, não deverá deixar o continente. Esta é a missão das seis equipes africanas na competição”, afirmou, em entrevista à revista do comitê organizador ‘Ke Nako’.

O presidente chileno, Sebastián Piñera, também sonha com que seu país faça algo grande e comunicou seu ideal ao presidente brasileiro, Lula de Silva, durante um encontro.

“Espero uma final Brasil-Chile, o que seria algo histórico. Lembro que o Brasil ganhou cinco vezes e que o Chile também quer sair vitorioso num mundial”, afirmou Piñera na primeira visita oficial como chefe de estado.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, decidiu hastear em sua residência oficial de Downing Street a bandeira inglesa junto com a do Reino Unido durante o Mundial.

O México, por sua vez, tem a honra de inaugurar o torneio junto com os anfitriões. Seu presidente Felipe Calderón deve assistir à partida em Johannesburgo, aproveitando a oportunidade, além disso, para conceder a Ordem da Águia Azteca ao histórico ex-presidente e líder ‘anti-apartheid’ Nelson Mandela.