Liderança do governo prevê funcionamento de CPIs no Senado nesta semana

Brasília – No que depender da liderança do governo no Senado, as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) propostas para investigar as Organizações Não-Governamentais (ONG) e a crise no setor aéreo serão instaladas e começarão os trabalhos ainda nesta semana. O líder Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que a base aliada fará amanhã (14) as indicações dos senadores que comporão as duas comissões. O prazo regimental termina nesta terça-feira.

Está agendada uma reunião, às 11 horas, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O objetivo é discutir as indicações dos senadores da base aliada para as CPI’s e, também, a desobstrução da agenda de trabalho que depende da votação de 14 medidas provisórias e dois projetos de lei que tramitam em regime de urgência para dar prosseguimento a apreciação de outras matérias que estão na pauta. Jucá é contrário a tentativa de aliados de criar "subterfúgios" para tentar protelar as instalações das comissões.

O senador Wellington Salgado, que é do partido do líder, apresentou requerimento à Mesa Diretora e ameaça ir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para saber se cabe o funcionamento de uma mesma CPI, na Câmara e no Senado. "Não podemos tentar qualquer tipo de subterfúgio para tentar emplacar a CPI. Esta não é a posição do governo que está discutindo abertamente com a oposição", afirmou Romero Jucá. Ele espera que, feitas as indicações, haja um acordo entre governistas e oposição nas indicações das presidências e relatorias das duas comissões parlamentares de inquérito.

O líder não acredita que os trabalhos das comissões prejudiquem as votações em plenário. "Se as CPI’s forem instaladas num clima de entendimento e de trabalho conjunto não atrapalhará a votação das medidas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento que estão entre as medidas provisórias que aguardam votação). Pelo contrário, mostrará a normalidade do funcionamento do Congresso e das votações".

O autor do requerimento de criação da CPI das ONG’s, Heráclito Fortes (DEM-PI) perguntado se haveria problema na apreciação das medidas provisórias do PAC, no Senado, desconversou. "A medida provisória, sabem vocês, que na maioria das vezes é um jogo rasteiro do governo para evitar encarar problemas. O governo tem total e absoluto controle sobre elas vamos ver o que ele quer fazer", afirmou.

Voltar ao topo