Leilão de energia nova movimenta R$ 27,7 bilhões

Acabou na tarde desta terça-feira (10) o 3º Leilão de Energia Nova, com o valor médio da energia das hidrelétricas a R$ 120,86 o MWh e o das termelétricas, a R$ 137,44 o MWh. No total, o volume negociado foi de R$ 27,7 bilhões. Esse foi o leilão mais rápido de energia nova. A disputa teve início de fato às 12h30, depois de um começo frustrante às 11h45, interrompido segundos depois por conta da dificuldade de conexão de um participante.

A etapa de venda de energia pelas usinas termelétricas terminou às 15h15, com o preço mais caro negociado a R$ 138 o MWh. Essa fase durou cerca de uma hora e meia, e a etapa de hidrelétricas levou apenas 12 minutos. O preço fechado para as termelétricas serviu de base para o preço de venda das hidrelétricas.

Somando o lance ofertado para a energia, que começou com o máximo de R$ 113,15, mais uma taxa chamada de "Uso do Bem Público (UBP)", o valor de venda dos empreendimentos hídricos não pôde ultrapassar R$ 138 o MWh. No leilão passado, a usina de São Salvador, da Tractebel, não vendeu energia exatamente, porque tem uma UBP muito alta, mas nesta ocasião conseguiu comercializar 148 MW.

Mauá

Dos quatro empreendimentos novos, sem concessão, apenas dois foram leiloados: Mauá, com capacidade de 361 MW, e Dardanelos, com 261 MW. O consórcio Cruzeiro do Sul, formado por Copel, com 51%, e Eletrosul, com 49%, conquistou o direito de construir e operar a usina de Mauá. Já a usina de Dardanelos foi conquistada pelo consórcio Aripuanã, composto por Neoenergia, 46% de participação, Eletronorte, 24,5%, Chesf 24,5% e CNO, 5%.

A hidrelétrica de Mauá vendeu 192 MW do total da sua potência e Dardanelos, 147 MW. Também participaram do leilão usinas conhecidas como botox, que têm concessão, mas ainda não foram construídas ou não estão contratadas. Entre elas, São Salvador vendeu 148 MW e Salto Pilão, 40 MW. As usinas de Estreito, Foz do Chapecó e Serra do Facão não venderam energia neste leilão.

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