Legacy passou por sete testes, diz diretor da Embraer

Brasília – Antes de entregar o jato Legacy ao comprador, a empresa Excel Air, a Embraer realizou sete testes com o avião. Desses, três foram de vôo de aceitação com o cliente. Nesse tipo de teste, a empresa compradora indica os pilotos que vão avaliar a aeronave.

A informação foi dada pelo diretor do Departamento de Ensaios da Embraer, Sérgio Mauro Costa, em depoimento na manhã desta sexta-feira (20) à Polícia Federal, e repassada à imprensa pela assessoria da PF. Ao deixar o hangar da PF no aeroporto de Brasília, Costa, que também é piloto de jatos e está há 30 anos na Embraer, não conversou com os jornalistas. O depoimento durou uma hora e meia.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, Costa informou que durante os testes não houve qualquer falha e o avião funcionou normalmente, inclusive os equipamentos transponder, TCAS, que é o sistema anti-colisão, e o sistema de radiocomunicação.

Costa também revelou, segundo a assessoria, que o plano de vôo do Legacy foi elaborado por uma empresa contratada pela Embraer. Ele disse que o plano de vôo foi passado eletronicamente para a torre de controle em São José dos Campos, de onde o avião partiu, e para a própria Embraer, que o entregou aos pilotos.

Para fazer o plano de vôo, a empresa usa um programa de computador que analisa as condições climáticas, as características da aeronave e as normas aplicáveis à navegação aérea. O avião só recebe autorização da torre de controle para voar se o plano for aprovado pelos técnicos.

A assessoria da PF informou que a Embraer ainda não apresentou documentação que comprove a realização dos testes com o Legacy. A empresa se comprometeu a entregar esses documentos nos próximos dias, junto com outras informações que ficaram pendentes hoje, como o manual da aeronave traduzido para o português (essa tradução tem de ser feita por tradutor juramentado, daí a demora).

O manual contém uma parte especifica sobre o transponder , o TCAS e o sistema de radiocomunicação. O delegado também pediu uma homologação RVSM, (Vôo por Instrumento em Grandes Altitudes, na sigla em inglês) e atestado de aeronavegabilidade.

Até o momento, a Embraer já entregou à PF o manual do jato em inglês, o documento de certificação da aeronave e a transferência da propriedade para a Excel Air.

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