Leandrinho irá comandar seleção no Mundial de basquete

O armador Leandro Barbosa, do Phoenix Suns (NBA), é uma das estrelas da seleção brasileira de basquete que começa hoje a se preparar para o Mundial do Japão, em agosto. Leandrinho disse que gosta demais de "vestir a camisa amarela" do Brasil. Mas que "dá uma tristeza grande" ver a situação interna do esporte

"Fico triste, muito triste quando sei que times fecham, como o COC (de Ribeirão Preto), quando sei que muitos colegas no País ainda não sabem onde vão jogar", disse Leandrinho. "O basquete tem de ter um campeão paulista, um campeão brasileiro (o Campeonato Nacional foi paralisado em maio e a temporada da seleção começou sem que o Brasil conhecesse o campeão).

Ontem, Leandrinho estava em São Paulo para um camping de treinamento que a Adidas promove com 45 meninos de Brasil, Argentina, México e Venezuela. Pivô do Denver Nuggets (NBA), o mexicano Eduardo Najera também participa do projeto.

O armador brasileiro foi até o playoff final da Conferência do Oeste da NBA e teve 15 dias de folga para ficar com a família. Depois, voltou a treinar, em São Paulo. Como ele, oito dos 15 convocados pelo técnico Lula Ferreira estão parados desde maio. Mas, mesmo com apenas 60% de sua melhor forma física, Leandrinho acha que um mês, até a estréia da seleção no Mundial, no dia 19 de agosto, será suficiente para recuperar o bom nível

"É um campeonato forte, de muitos talentos, seleções boas, mas acho que o Brasil também fará um bom Mundial. O que aconteceu com o Nenê é chato, mas é a saúde, a carreira, a vida dele. O Brasil é forte e bola para a frente", disse Leandrinho, lembrando da dispensa do pivô que também joga na NBA (Denver Nuggets)

Leandrinho acha que a seleção lucra por ter a maioria dos atletas atuando na Europa e na NBA. "A experiência deles ajuda. Quanto mais talentos, melhor. O Brasil está crescendo, mas acho que o que importa é um ajudar o outro", avisou

Para o armador, tanto faz treinar com Mike D’Antoni, técnico do Suns, "que é muito bom", ou com "o professor Lula na seleção". "São estilos diferentes, o que eu quero é estar lá, com eles."

Para ele, o desafio no Mundial será ainda maior do que em Indianápolis, em 2002, quando o Brasil foi 8º colocado. "O Mundial terá muitas equipes fortes (são 24 no total)." Garantiu que não se sente pressionado por ter atuado bem num time de destaque da NBA e concordou que sua responsabilidade na seleção aumentou. Mas ressaltou: "Quero assumir essa responsabilidade.

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