Lançamento do livro sobre Poty marca o aniversário de Curitiba

O Museu Oscar Niemeyer lançou nesta terça-feira (29) o livro A História Mágica
dos Desenhos de Poty, de Sônia Gutierrez, em homenagem aos 312 anos de Curitiba
e ao aniversário do artista curitibano Poty Lazzarotto, que completaria na data
81 anos. Dirigido ao público infantil, o livro foi co-produzido pelo Museu, com
o apoio do Governo do Paraná. ?Estou muito feliz de receber, no Museu, esse
grupo de crianças. É muito importante que as crianças conheçam nossa arte,
nossos artistas. Hoje homenageamos um deles, que é o Poty, que foi um dos nossos
grandes artistas?, afirmou a diretora-presidente do Museu, Maristela
Requião.

Cerca de 200 crianças de escolas públicas participaram da solenidade
de lançamento do livro. O ato também contou com as presenças do presidente da
Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana, com o presidente da Fundação
Poty Lazzarotto, João Lazzarotto, e com a participação do deputado estadual
Rafael Greca, entre outras autoridades. No lançamento, foram doados mil
exemplares à Secretaria de Estado da Educação e outras 500 unidades à Secretaria
Municipal de Educação.

?O desenho é aquilo que as palavras não podem dizer?,
afirmou o deputado Rafael Greca durante seu discurso. Complementando o evento, o
Museu está expondo, no espaço do departamento de Ação Educativa, 20 desenhos
originais de Poty que inspiraram a confecção do livro, além de cadernos de
desenhos do artista. Em paralelo, os responsáveis pelo departamento irão
desenvolver junto ao público interessado, em especial grupos de estudantes
agendados, oficinas e contação de histórias relativas ao artista e sua obra.

O livro

O livro conta a história do menino Napoleon Potyguara
Lazzarotto, que construiu e recriou em traços o universo que lia, via e ouvia.
Por meio dele, o leitor poderá observar que os traços ingênuos de Poty, aos 7
anos, a ensaiar desenhos de sol, aviões, animais e trens. Elementos que povoaram
as histórias infantis do artista. Ilustradas também por heróis imaginários, em
recriações dos livros e gibis que o artista apreciava ler.

Era para Poty, a
década de 20, época do cinema mudo, em que, mais do que saber ler, era preciso
imaginar. Época em que tudo era novo, em que tudo estava por ser criado. Assim,
narrando suas histórias em desenhos, o menino Poty passou pelos 12, 15, 20 anos
e, como ele, seus traços foram adquirindo maturidade e complexidade.

Aos 22
anos, entre 1946 e 1947, Poty teve o talento reconhecido ao receber uma bolsa
para se aperfeiçoar em Paris. Desde então, realizou dezenas de exposições,
cursos e, em 1950, organizou o primeiro curso de gravura no Museu de Arte de São
Paulo (Masp).

Seus desenhos, grande parte em murais, ganharam os espaços
públicos de algumas grandes cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e, em
especial, Curitiba, além de outras do Paraná. Nesse juntar de pequenos pedaços
de cerâmica, Poty coloriu e recriou pedaços da história cotidiana desses
lugares.

Reconhecido como artista, Poty tornou-se, em sua época, um dos
ilustradores mais solicitados pelos editores do País. Seus trabalhos ganharam as
capas e páginas de livros. Obras de importantes autores brasileiros, como
Graciliano Ramos, Jorge Amado, Dalton Trevisan, Gilberto Freire, Raquel de
Queiróz e Machado de Assis, foram enriquecidas com ilustrações do curitibano. O
conjunto das ilustrações para o livro Sagarana, de Guimarães Rosa, rendeu a Poty
o primeiro prêmio no setor livros da X Bienal de São Paulo.

Serviço:
Local: Museu Oscar Niemeyer
Endereço: Rua Marechal
Hermes, 999
Centro Cívico ? CEP: 80530-230
Telefone: (41) 350-4400

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