Lacerda faz sugestões para acelerar prisão de corruptos

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, está fazendo uma série de sugestões à CPI dos Correios, para aperfeiçoar os mecanismos de investigação contra corruptos. Ele participa de audiência na Sub-relatoria de Normas e Combate à Corrupção. Entre ela Lacerda pediu que fosse acelerada no Congresso a aprovação do projeto de lei que dá mais instrumentos à polícia para prender acusados, como o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

O projeto prevê que os crimes de alta relevância social como corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal, cujas penas são superiores a 2 anos, a polícia possa fazer a prisão do acusado em três situações: em flagrante, ou mediante uma portaria expedida pela autoridade policial, ou por requisição de autoridade judiciária ou do Ministério Público. Hoje a pessoa só pode ser presa por decreto de prisão temporária ou provisória, expedida pelo juiz

Lacerda também está propondo a aprovação de outro projeto de lei que prevê a chamada "prova emprestada". Isso significa que para instruir um processo disciplinar, a autoridade pública poderá solicitar ao juiz cópia do processo criminal em que a tal pessoa foi condenada, com depoimentos e demais diligências. Atualmente esses processos são distintos. Com a proposta será possível compartilhá-los o que, na avaliação de Lacerda, vai ajudar no combate à impunidade e à corrupção

O diretor da PF disse que a legislação atual é muito restritiva, o que acaba permitindo a impunidade, favorecendo criminosos do colarinho branco que podem contratar bons advogados.

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